Por contacto direto nos Centros de Saúde / Unidade de Saúde da sua zona de residência;
Dirigindo-se à ARRISCA para obter informações sobre as possibilidades de tratamentos disponíveis para os problemas relacionados com uso de substâncias lícitas ou ilícitas e dependências.
Poderá ligar para a – Linha Vida SOS Droga – 1414 – e falar com um técnico e colocar-lhe todas as suas dúvidas. Se procura um atendimento individualizado, pode também dirigir-se à Equipa da ARRISCA, esta podê-lo-á esclarecer e orientá-lo. Nesta página poderá encontrar informações sobre as substâncias e os seus efeitos e jogos interativos.
Pode dirigir-se à Equipa da ARRISCA e/ou Centro de Saúde e pedir uma consulta como familiar. Os profissionais orientá-lo-ão nas diferentes formas de ajudar o seu filho a criar motivação para se tratar.
Os tratamentos para as dependências são voluntários – o utente tem de aceitar fazê-los, podendo abandonar o tratamento se e quando o desejar. O envolvimento da família é muito importante e um meio de motivação ou de permanência em tratamento mesmo quando as pessoas estão motivadas.
É importante que perceba que precisa de ajuda profissional para resolver o seu problema. É muito difícil parar os consumos por si próprio mesmo que o tente. Esta dificuldade tem a ver com as alterações provocadas no cérebro pelo uso repetido de substâncias psicoativas, alterações que se mantêm mesmo após a cessação dos consumos. Uma das consequências mais comuns do uso continuado e repetido de substâncias é a incapacidade de controlar o impulso de consumir, mesmo quando se deseja fazê-lo.
Existem vários métodos para o tratamento da dependência de substâncias psicoativas. Os técnicos devem avaliar cada caso e propor a intervenção mais adequada, tomando em linha de conta a história de vida e a situação atual. Importante é saber que o tratamento das dependências é um processo longo e exigente que implica frequentemente a intervenção de várias valências. Assim, se a 1ª fase pode visar a abstinência dos consumos de substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas, as seguintes centram-se mais na reorganização psicológica e na reinserção social e profissional. É fundamental avaliar o estado de saúde física e psíquica do utente, em muitos casos profundamente comprometida o que implica intervenções específicas nestas áreas. O tratamento pode passar por avanços e recuos, pois implica uma reorganização mapeamento mental e mudanças no estilo de vida, que são difíceis de praticar e manter, podendo desencadear sentimentos muito contraditórios. As relações com os outros e a perceção do mundo, o seu desempenho no trabalho e as suas rotinas também vão modificar-se. Se por um lado estas modificações podem despoletar sentimentos de prazer, alívio, orgulho, apoio e reconhecimento social, noutras alturas porém, podem originar insegurança, ansiedade, solidão, desconfiança, vazio ou impotência. Se o processo terapêutico não for consistente poderá perder a motivação e confiança fatores de possível recaída.
Existe um número grande de toxicodependentes que apresenta duplo diagnóstico (doença mental e dependência) segundo os dados 60% das pessoas com dependência a substâncias psicoativas, sejam elas lícitas ou ilícitas, sofrem de uma outra perturbação do foro mental. O tratamento torna-se mais complicado pois o doente mesmo que cesse os consumos, uma recaída na outra patologia pode desencadear recaídas nos consumos, reforçando a dificuldade de recuperação e reinserção. A intervenção deverá tratar de uma forma integrada a dependência e a patologia mental após uma análise cuidada de cada caso concreto.
Poderá telefonar primeiro para se informar, bem como sobre os horários de atendimento. Antes da primeira consulta realiza-se uma entrevista de acolhimento (se marcada é psicossocial) se não agendada (plantão), onde são recolhidos algumas informações sobre a sua situação atual e passada, de forma presencial. Neste primeiro contacto os técnicos irão pedir-lhe alguns elementos de caracterização, como por exemplo: a residência; os contactos telefónicos e um resumo muito breve da situação que o levou a procurar ajuda. Tendo em conta a informação sobre o motivo do seu pedido e história de consumos, são apresentadas as hipóteses de solução mais adequadas para o seu caso, informando-o sobre todas as respostas possíveis, após consentimento informado, é encaminhado para as valências de tratamento mais adequadas às suas necessidades e assinado um contrato terapêutico.
A entrevista de plantão tem como objetivo conhecê-lo e fazer uma primeira avaliação das suas necessidades. No caso de a pessoa ser maior, com o seu consentimento a família poderá ser incluída como “terceira pessoa” complementando a avaliação e mais tarde colaborar no tratamento. A partir desta 1ª avaliação, os técnicos das equipas vão elaborar um projeto terapêutico em conjunto com a pessoa a tratar. Só na consulta médica e muitas vezes após alguns exames complementares é que o médico prescreve a proposta farmacológica.
Não, não é correto. O tratamento adequado para o abuso de qualquer substância depende de vários fatores e exige ser prescrito por um médico. O que resulta numa pessoa pode não ser o indicado noutra, as pessoas são diferentes, os padrões de consumo, as causas, as objetivos e os contextos não são iguais em todas as pessoas, mesmo que partilhem a mesma substância e o mesmo grupo de amigos. O tratamento deve ser personalizado e de acordo com as características e as necessidades de cada pessoa. Só um médico com formação e com experiência poderá fazer um diagnóstico correto, propor um programa de tratamento e acompanhar a sua evolução.
A proposta para um Programa de Tratamento com o medicamento cloridrato de metadona tem de ser avaliada pelo seu pelo seu médico, carecendo sempre de prescrição médica. Existem indicações, critérios e regras para a admissão nestes programas que são importantes conhecer. É importante saber que o tratamento da dependência de heroína tem várias componentes: para além das respostas farmacológicas, de que o cloridrato de metadona pode fazer parte, as intervenções a nível psicológico e de reinserção social são indispensáveis para aumentar a probabilidade de sucesso. O tempo de permanência no programa é é variável de caso para caso.
Não, a metadona e a buprenorfina são medicamentos prescritos e administrados nos casos em que os doentes, por variadas razões, não têm condições ou não podem integrar um programa de abstinência. Além disso, a utilização destes medicamentos é feita de modo controlado, adaptada a cada caso, de acordo com a condição de saúde e motivação para o tratamento dos doentes, geralmente na presença de técnicos ou, em alguns casos, de familiares. Os efeitos destes medicamentos são diferentes da heroína ou outras substâncias similares e a sua utilização, em condições controladas, é segura. A metadona e a buprenorfina têm um efeito gradual e produzem níveis estáveis de opióides no cérebro, o que evita os efeitos mais aditivos (súbita e intensa euforia, a que se segue uma queda brusca e consequente vontade de voltar a consumir), e assim reduzem o desejo de consumo de heroína e de outros opióides. O tratamento com metadona ou buprenorfina salva vidas, ajuda a estabilizar os indivíduos, permite a abordagem terapêutica de outros problemas médicos, psicológicos e sociais, contribuindo para a inserção efetiva da pessoa na família e na comunidade.
Não é verdade. Existem diversas intervenções para a dependência de cocaína, que incluem a congregação de intervenções farmacológicas, psicológicas e sociais. Para tal, deverá dirigir-se ao seu médico ou a uma instituição que trate toxicodependência, aí será avaliada a situação em que se encontra e ser-lhe-á proposto um programa terapêutico específico, o qual deverá contemplar de forma integrada todos os seus problemas de dependência, bem como outras complicações ao nível da saúde física ou mental que eventualmente tenham vindo a surgir, associadas a esses consumos.
Não deve desistir: consoante a fase do tratamento em que se encontra e o seu caso concreto, existem vários tipos de respostas que se podem adaptar às necessidades e à evolução do seu caso concreto. Para além do objetivo de parar os consumos, o tratamento deve procurar a reintegração das pessoas no meio familiar, laboral e comunitário. Este percurso pode ser feito com avanços e recuos, com recurso a diferentes estratégias que podem passar por psicoterapia, com ou sem apoio de medicação, terapia familiar, plano individual de reinserção, e outras. A adição, durante o processo de tratamento, pode ser gerida de modo a permitir que cada indivíduo consiga retomar o controlo da sua vida. Tal como acontece com outras doenças crónicas, é frequente a ocorrência de recaídas no consumo de substâncias, lícitas ou ilícitas. A recaída não significa que tudo esteja perdido, do mesmo modo que o abandono temporário da terapêutica ou da dieta prescrita para um doente hipertenso não é sinónimo de fracasso: são muitas vezes situações que requerem um ajuste da medicação e da abordagem ao problema ou a mudança do modelo de tratamento.
O tratamento da dependência de substâncias psicoativas pode ser prolongado e não é simples. Os melhores resultados obtêm-se com tratamentos prolongados e contínuos. Como acontece com outras doenças crónicas, as recaídas podem ocorrer, sendo necessário ajustar ou alterar a estratégia seguida de modo a retomar o processo que leve à sua reintegração social.
As consultas na ARRISCA são gratuitas. Os utentes podem pedir isenção do pagamento das taxas moderadoras relativas às consultas no Serviço Regional de Saúde. O pedido de isenção é feito no seu Centro de Saúde, mediante a apresentação de uma declaração da equipa de tratamento onde está a ser acompanhado.